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A CEIA DO SENHOR NA TEOLOGIA DE JOHN WESLEY

A CEIA DO SENHOR NA TEOLOGIA DE JOHN WESLEY 

A Ceia do Senhor sempre foi algo marcante na vida de John Wesley. Dentre as muitas passagens de sua vida relativas a esse sacramento, destacam-se: ele negou-a a algumas pessoas na Geórgia; certa vez, foi proibido de participar da mesma entre os morávios; encorajava os metodistas, nas paróquias, a participar dos sacramentos tão freqüentemente quanto possível, o que levou-o a ministrar a Ceia num lugar não eclesiástico de Kingswood, quando os clérigos anglicanos negaram-na aos pobres mineiros do lugar; arrendou e, mais tarde, adquiriu uma capela huguenote em desuso na West Street, para ministrar a Ceia aos metodistas em Londres que não podiam ou não compareciam em suas igrejas anglicanas; publicou uma importante coleção de Hymns on the Lord’s Supper (Hinos sobre a Ceia do senhor), com um tratado sobre o sacramento escrito por Daniel Brevint; sofreu uma intensa pressão dos pregadores leigos e do povo para que estes primeiros recebessem autorização para ministrassem esse sacramento; por fim, a não ministração da Ceia por anos aos metodistas na América foi um dos fatores que forçou Wesley a reconhecer a Igreja Metodista nos Estados Unidos.

A Ceia do Senhor foi, para Wesley, a vida da grande congregação. Em linha com sua insistência de que o crescer na graça requer assistência regular a todos os meios de graça, ele deu grande ênfase neste sacramento e denominou-o “o grande canal pelo qual se distribui a graça do Espírito à alma de cada um dos filhos de Deus”.

            O ponto de vista de John sobre o significado da Ceia do Senhor é expresso em seu Diário de 28 de junho de 1740: “Expus extensamente 1) que a Ceia do Senhor foi ordenada por Deus como meio para que os homens recebam a graça que nos impede de praticarmos o mal, a justificadora e a santificadora, de acordo com as suas diferentes necessidades; 2) Que as pessoas a quem ela foi ordenada são aquelas que sabem e sentem que querem a graça de Deus, quer para impedi-los do pecado, quer para mostrar que os seus pecados estão perdoados, quer para refazer a imagem de Deus nas suas almas; 3) Que sempre vamos à sua mesa, não para dar-lhe qualquer coisa, mas para recebermos o que Ele achar melhor para nós, não há preparação indispensavelmente necessária, mas um desejo de recebermos o que for do seu agrado dar-nos. 4) Que não se exige condição adequada na ocasião da comunhão, mas um senso do nosso estado total de pecaminosidade e de incapacidade de salvação. Todos os que sabem que estão em condição de irem para o inferno, estão em condição adequada a virem a Cristo por meio desta, bem como de todas as outras ordenanças.”

            Por fim, Wesley afirmava ser a ministração diária da Ceia do Senhor uma prática da igreja primitiva, a qual deve ser imitada. Percebe-se que ele compreendia a Ceia do Senhor como um sacramento mediante o qual o ser humano é alcançado pela multiforme graça de Deus. Todos/as que se reconhecem como pecadores/as indignos/as, mas necessitados/as dessa graça, estão em condições de recebê-la.

 

Com “fraternura”,

Rev. Marcos Rodrigues Lima

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