A CEIA DO SENHOR NA TEOLOGIA DE JOHN WESLEY (2ªparte)
A questão dos sacramentos levou Wesley a pregar e escrever alguns sermões. Um deles, segundo William P. Harrison, quando a doutrina morávia do “quietismo” ameaçava a Sociedade de Felter Lane, ao ensinar que todos deveriam abster-se da Ceia do Senhor. John refutou essa falsa doutrina com o seu sermão “Os Meios de Graça”. O autor ainda relata que esse sermão procurou, ainda, combater a doutrina de Alexandre Campbell, segundo a qual o pecador não tem qualquer direito a participar de qualquer ordenança de Cristo.
Wesley escreveu também um sermão acerca do “...dever da comunhão constante”, onde justifica a ministração da Ceia do Senhor tão freqüentemente quanto possível, por duas razões: 1) “...é ordem de Cristo” e 2) “...os benefícios da mesma são enormes para todos os que fazem em obediência a Ele, por exemplo: o perdão dos nossos pecados passados, o fortalecimento presente e a renovação das nossas almas.” Ele afirma veementemente: “Esta é a regra verdadeira: devemos praticá-la todas as vezes que Deus nos der oportunidade. Todos aqueles que não a praticam, mas fogem da mesa santa, quando tudo está preparado, não compreendem o seu dever ou não dão importância à ordem do seu Salvador, ao perdão dos seus pecados, ao fortalecimento da sua alma e sua tranqüilização pela esperança da glória”.
Em praticamente todos os seus escritos sobre este assunto, John Wesley apresenta três aspectos sobre a Ceia do Senhor: 1) Ela representa os sofrimentos passados de Cristo, pelo que é um memorial. 2) Transmite os primeiros frutos deste sofrimento em graça presente, pelo que é um meio. 3) Nos assegura a glória vindoura, por isso é um penhor infalível.
A seguir, daremos continuidade a esta reflexão tratando, de modo mais detalhado, acerca destes três aspectos supracitados. Que a maravilhosa graça de Deus alcance-nos através deste seu precioso meio, a saber, a Ceia do Senhor!
Com “fraternura”,
Rev. Marcos Rodrigues Lima