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A CEIA DO SENHOR NA TEOLOGIA DE JOHN WESLEY - III

A CEIA DO SENHOR NA TEOLOGIA DE JOHN WESLEY – III

John Wesley apresenta, de modo especial, três aspectos acerca da Eucaristia: 1) Ela representa os sofrimentos passados de Cristo, pelo que é um memorial. 2) Transmite os primeiros frutos deste sofrimento em graça presente, pelo que é um meio. 3) Assegura-nos a glória vindoura, por isso é um penhor infalível. Hoje, queremos tratar de modo mais detalhado dois destes aspectos, a saber, a Ceia do Senhor como um memorial e sua dimensão escatológica.

Sobre este assunto, Colin W. Williams, estudioso do metodismo, escreve o seguinte: “A base da Ceia do Senhor está em que ela dirige nossa fé aos méritos da morte de Cristo, únicos pelos quais somos salvos. Por esta razão, não é simplesmente uma recordação de algo passado; Deus representa o sacrifício de Cristo na Ceia, para que nossa fé seja despertada por sua ação presente e para que possamos receber os méritos de Cristo. Eles estão disponíveis para nós através do “completo, perfeito e suficiente sacrifício para a satisfação, oferecido pelos pecados de todo o mundo”. Têm-se demonstrado que, para Wesley, memorial significa “recordação” ou “volta” e, portanto, a Ceia é “a extensão de um ato realizado no passado, para que seus efeitos tenham um poder presente”.

            Em seu sermão sobre “O dever da comunhão constante”, John Wesley afirma: “Para entender-se a natureza da Ceia do Senhor, é útil ler cuidadosamente as passagens do evangelho e da I epístola aos Coríntios, que tratam da sua instituição. Daqui aprendemos que o desígnio deste sacramento é rememorar continuamente a morte de Cristo pelo comer do pão e o beber do vinho, que são os sinais externos da graça interior, corpo e o sangue de Cristo.”

            Outro significado da Ceia, para Wesley, foi “assegurar-nos da glória vindoura, pelo que é um penhor infalível”. Decorre daí a tríplice justificação da ministração desse sacramento aos moribundos: primeiro, havia a crença de que a Ceia do Senhor era um adiantamento do banquete celestial, “o sacramento como penhor do céu”; segundo, havia a crença na Comunhão dos Santos e, terceiro, acreditava-se que a Ceia do Senhor era um alimento celestial.

            Assim sendo, percebe-se que João Wesley também via a Ceia como uma preparação para a morte, preparando o indivíduo para o céu, onde Cristo espera-o com um banquete, do qual o sacramento é um sinal. Segundo Williams, “por essa razão a Ceia do Senhor é eminentemente o lugar onde se unem a igreja militante e a igreja triunfante”.

            Que a memória do amor de Cristo por nós renove nossas esperanças e fortaleça-nos como cooperadores/as de Deus na construção de seu Reino. Amém!

 

Com “fraternura”,

Rev. Marcos Rodrigues Lima

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