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Liturgia e Música Metodista [2ª. parte]

Liturgia e Música Metodista [2ª. parte]

 

            Abordamos recentemente, neste espaço pastoral, o relevante tema da liturgia e música metodista. Hoje, damos continuidade ao mesmo, conforme prenunciado naquela ocasião.

Dentre as muitas expressões da vida e fé cristã, presentes em nossos cultos, orações e músicas, elenco a invocação, a adoração, a confissão de pecados, o silêncio, o louvor, a confissão de fé, o testemunho, o ofertório, a edificação, a ação de graças, a comunhão, a dedicação ou consagração, a intercessão, a petição, a bênção, etc. Qual a relação existente entre elas e o uso da música? Algumas pessoas acreditam que essas expressões dependem da música para existir, ou seja, que não é possível, por exemplo, adorar ou louvar a Deus sem acompanhamento musical. Isso não procede. Se, por um lado, é evidente que a música é um excelente veículo para a expressão humana, por outro lado é importante ressaltar que ela é apenas mais um dentre outros veículos, dos quais podemos ou não lançar mão.

            A música, como partilhamos outrora, sempre foi uma importante ferramenta de expressão e também de evangelização na tradição metodista. A propósito, segue abaixo a transcrição de algumas recomendações do próprio John Wesley com respeito ao canto congregacional. A citação encontra-se no livro “Música e Adoração”, de João Wilson Faustini, publicado em 1973:

            “1. Aprenda a melodia.

            2. Cante os hinos exatamente como são, sem modificar ou consertar. Se aprendeu a cantar de outra maneira, desfaça o erro o mais breve possível.

            3. Todos devem cantar. Cante com a congregação. Não deixe de cantar se uma pequena fraqueza ou cansaço o perturba. Se for uma cruz cantar, tome-a, e acha-la-á uma benção.

            4. Cante com entusiasmo e com ânimo. Cuidado para não cantar como se estivesse meio morto ou desanimado. Erga a sua voz com firmeza. Não tenha medo de sua voz nem se envergonhe, já que não se envergonha de cantar canções mundanas.

            5. Cante modestamente. Não grite de modo que sua voz seja ouvida acima das demais, ou destacada das outras na congregação. Não destrua a harmonia. Procure unir a sua voz às demais, a fim de alcançar um som melodioso.

            6. Cante no compasso. Qualquer que seja o andamento, acompanha-o. Não corra na frente, nem fique para trás. Cuidado para não cantar devagar demais. A maneira arrastada de cantar é uma grande tentação. Assim seu canto será aprovado pelo Senhor e recompensado quando ele voltar nas nuvens do céu.

            7. Cante, sobretudo, com espiritualidade. Eleve o pensamento a Deus, quando pronunciar cada palavra. Tenha por alvo agradar a Deus.”

   Conquanto careçam de contextualização, essas orientações demonstram o valor da música para os primeiros metodistas e permitem-nos apreender alguns princípios importantes ao canto congregacional, ainda hoje aplicáveis.

 

Com “fraternura”,

Rev. Marcos Rodrigues Lima

 

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