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PRONTO PARA A LUTA

PRONTO PARA A LUTA

(A propósito dos Jogos Olímpicos 2016)

         

“Sou como um lutador de boxe...” (1 Coríntios 9.26b)

 

A cidade de Corinto celebrava, de três em três anos, desde 44 a.C., os chamados Jogos Ístmicos, realizados na primavera e semelhantes aos Jogos Olímpicos que iremos celebrar. Como já faziam os filósofos e outros escritores de sua época, o apóstolo Paulo tira desses jogos exemplos sobre a necessidade do esforço e da disciplina para se alcançar a vitória. É evidente que essa comparação, como qualquer outra, possui limitações. Nós não somos salvos por esforço, não competimos uns com os outros nem procuramos um prêmio individual. Mas, ainda assim, esse exemplo, tirado de algo tão comum e querido pelos coríntios, podia motivar os cristãos e cristãs daquela cidade a resistir às dificuldades e perseverar na fé.

 Dentre as modalidades praticadas nos Jogos Ístmicos estava o boxe, esporte célebre entre gregos e romanos, e que figura nos Jogos Olímpicos desde 700 a.C. É a ele que Paulo se refere ao dizer que também “luta”. O verbo grego que ele utiliza em sua carta deu origem aos nossos termos “pugilismo” e “pugilista”. Daí a boa tradução: “sou como um lutador de boxe” (1Co 9.26b – NTLH), um boxeador ou pugilista.

 Os atletas do tempo do apóstolo treinavam e lutavam para conquistar uma coroa de louros, o equivalente, naquele contexto, a uma medalha olímpica, cinturão ou troféu. Mas esse prêmio murcha: é passageiro, perecível. Nós, cristãos e cristãs, desejamos um “prêmio” que é eterno (v.25), isto é, que não murcha como a coroa de louros.

 Para tanto, também precisamos “treinar”, ou seja, nos esforçar para ter disciplina, autocontrole, domínio próprio. Paulo diz que não dá socos no ar, que é uma das técnicas comuns de treino no boxe, o lutar com “a sombra” (v.26). Ele opta por outra prática, a de golpear um sparring. Contudo, o apóstolo faz a si mesmo de sparring, golpeia sua própria “carne”, ou seja, sua natureza pecaminosa, sua tendência de praticar o mal. Aqui, a comparação também não é perfeita, pois a ideia não é derrotar a si mesmo. Paulo não é a favor de abstinências e quaisquer outros sacrifícios. O que ele pretende é se fortalecer; é estar sempre pronto para a luta (v.27).

 Pensamento para o dia (ou para a semana): Cultivar as disciplinas espirituais da nossa fé nos fortalece para as muitas lutas da vida.

 

Rev. Marcos Rodrigues Lima

(Meditação publicada no Cenáculo Olimpíada 2016)

 

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Gercymar Wellington Lima e Silva

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